O mercado de cerveja sem álcool está em plena expansão no Brasil, deixando para trás a antiga desconfiança para se tornar uma tendência de consumo consolidada. Impulsionado por uma busca por hábitos mais saudáveis, especialmente entre os jovens, o país já se posiciona como o segundo maior consumidor mundial da bebida, atrás apenas da Alemanha, mostrando uma clara mudança no paladar e nas preferências nacionais.
Os números confirmam essa ascensão. O consumo de cerveja sem álcool no Brasil saltou de 140 milhões de litros em 2019 para uma previsão de 786 milhões em 2025. Esse crescimento acelerado contrasta com o avanço mais lento do mercado de cervejas tradicionais, indicando que a moderação no consumo de álcool é um caminho sem volta para uma parcela significativa dos consumidores.
As grandes cervejarias do país estão atentas e investindo pesado nesse nicho. A Heineken afirma liderar o mercado com sua versão 0.0, enquanto a Ambev registrou um crescimento de 20% nas vendas da categoria no último trimestre, com opções como Brahma, Corona e Budweiser zero. O Grupo Petrópolis também acompanha o movimento, com um aumento de 27% nas vendas da Itaipava sem álcool desde 2022.
E não são apenas as gigantes que aproveitam a oportunidade. O setor de cervejas artesanais também explora o segmento com criatividade, oferecendo estilos variados como Session IPAs e Stouts sem álcool. Marcas como a Etapp, por exemplo, conectam seus produtos ao universo dos esportes, mirando um público que não quer abrir mão do sabor de uma boa cerveja após a atividade física.
Em um cenário de estagnação para as cervejas com álcool, a aposta na categoria zero álcool surge como uma estratégia inteligente. Além de atender a uma nova demanda do consumidor, essa frente de negócio oferece margens de lucro mais interessantes e um vasto potencial de crescimento a ser explorado nos próximos anos.
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