O coração da cerveja brasileira está no campo, mais especificamente nas lavouras de cevada do Rio Grande do Sul. Uma parceria entre agricultores e a indústria cervejeira está impulsionando a produção nacional do grão com tecnologia e pesquisa, resultando em mais qualidade e autossuficiência para o mercado de cervejas do país.
O grande destaque dessa inovação é a ABI Valente, uma nova cultivar de cevada desenvolvida no Brasil após 12 anos de estudos. Essa variedade se mostra 16% mais produtiva, com grãos 15% maiores e maior resistência a doenças. O desenvolvimento, que envolveu o teste de mais de 3 mil linhagens, representa um salto tecnológico para o agronegócio brasileiro, garantindo matéria-prima de ponta para a produção de cerveja.
A colaboração entre o campo e a indústria é fundamental para esse avanço. A Ambev mantém parceria com mais de 600 agricultores gaúchos, que juntos movimentam cerca de 100 mil toneladas de cevada por ano. Essa relação fortalece a economia local, valoriza o produtor e assegura o fornecimento de grãos adaptados às condições climáticas do Brasil, como mostra o trabalho de produtores em Muitos Capões (RS).
Para a indústria cervejeira, apostar na cevada nacional significa reduzir a dependência de importações de países como Uruguai e Argentina, além de diminuir custos logísticos. A maltaria da Ambev em Passo Fundo (RS), por exemplo, já utiliza uma parcela significativa de cevada brasileira e planeja aumentar essa participação, o que garante mais competitividade e fortalece toda a cadeia produtiva.
Esses investimentos no campo impactam diretamente a economia, já que o setor cervejeiro representa 2% do PIB nacional. Ao fortalecer a produção de cevada, o Brasil não só melhora a qualidade da cerveja que chega ao consumidor, mas também conquista maior autonomia e reforça sua posição no mercado global.
Este texto é apenas um resumo, leia o conteúdo original em: Gazeta do Povo