Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma nova tecnologia que pode impulsionar a produção nacional de lúpulo, o ingrediente que dá aroma e amargor à cerveja. A novidade surge como uma alternativa para diminuir a grande dependência do país da importação dessa matéria-prima essencial.
A técnica, chamada extração supercrítica com CO₂, promete um rendimento muito superior aos métodos convencionais. O processo consegue extrair até 72% dos compostos de aroma e amargor do lúpulo, um salto de eficiência que também reduz o uso de solventes químicos, resultando em um produto de maior qualidade para as cervejarias.
O cenário atual mostra um contraste: o Brasil é o terceiro maior produtor e consumidor de cerveja do mundo, mas produz internamente menos de 1% do lúpulo que utiliza. Essa dependência de países como Estados Unidos e Alemanha representa um desafio para a indústria cervejeira nacional.
A ambição é fazer com que o Brasil não apenas atenda sua própria demanda, mas também se torne um competidor no mercado global de lúpulo. A aposta está na combinação de ciência, inovação e a força da agricultura nacional para colocar o lúpulo brasileiro no mapa mundial.
Com essa inovação, o Brasil vislumbra um futuro onde a ciência e o campo andam juntos para fortalecer a cadeia produtiva da cerveja. A união entre pesquisa e agronegócio pode ser o caminho para o país se tornar um novo protagonista na produção de lúpulo.
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