Uma iniciativa inovadora no Vale do Ribeira (SP) está mudando o jogo para a cerveja brasileira. Desenvolvido pelo Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças do Clima (CBioClima), o projeto se dedica a extrair compostos aromáticos do lúpulo, com o objetivo de aumentar a autossuficiência e a competitividade do cultivo nacional.
A grande novidade é o uso da tecnologia de extração supercrítica com dióxido de carbono. Essa técnica, já comum em mercados consolidados como Alemanha e EUA, permite obter um extrato de lúpulo puro e concentrado. O resultado é um produto que melhora o rendimento na produção da cerveja e a qualidade da bebida, superando o uso tradicional das flores em pellets.
Um dos principais ganhos do projeto está na logística e na redução de custos. Em vez de transportar grandes volumes de flores de lúpulo, que necessitam de refrigeração, as cervejarias passam a receber um extrato concentrado. Isso simplifica o transporte, diminui despesas e fortalece toda a cadeia produtiva do lúpulo no Brasil.
O projeto também se destaca pela sustentabilidade, adotando um modelo de economia circular. O dióxido de carbono usado no processo é reaproveitado, e a biomassa que sobra do lúpulo, rica em antioxidantes, pode ser utilizada em outras indústrias, como a de cosméticos, evitando o descarte e gerando novas oportunidades.
Dessa forma, a iniciativa não apenas beneficia diretamente os produtores de lúpulo e as cervejarias, mas também estabelece um novo padrão de eficiência e responsabilidade ambiental para o mercado cervejeiro nacional.
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