Heineken vs. Ambev: A Batalha pela Coroa da Cerveja Premium no Brasil

Heineken vs. Ambev: A Batalha pela Coroa da Cerveja Premium no Brasil

A disputa pelo crescente mercado de cervejas premium no Brasil esquentou a rivalidade entre Heineken e Ambev. A competição chegou a um ponto em que a própria definição do que é uma cerveja “premium” se tornou um campo de batalha estratégico para as duas gigantes do setor.

Ambas as empresas apresentam números para reivindicar a liderança. A Ambev divulgou um crescimento de 15% em suas marcas premium no terceiro trimestre de 2025, afirmando ter alcançado 50% de participação de mercado pela primeira vez em uma década. Já a Heineken, utilizando critérios da consultoria Nielsen, sustenta que detém mais de 50% do segmento no acumulado do ano, mantendo-se na liderança.

O centro da discórdia está nos critérios de classificação. Para a Ambev, rótulos como a Original entram na categoria premium por terem um preço 130% superior às suas cervejas ‘core’. A Heineken contesta essa abordagem, argumentando que o status premium envolve mais do que apenas o preço, considerando outros atributos que, segundo seus cálculos, colocam a cerveja Heineken com mais que o dobro da participação da Original.

Essa classificação de rótulos é uma decisão estratégica que molda o portfólio das cervejarias. A Budweiser, por exemplo, já foi movida pela Ambev do segmento premium para o ‘core plus’. Do lado da Heineken, a Amstel ocupa um espaço intermediário chamado de ‘mainstream puro malte’, categoria que também mostra forte crescimento e motivou a abertura de uma nova fábrica em Minas Gerais.

Essa discussão sobre categorias e subsegmentos sinaliza um amadurecimento do mercado cervejeiro brasileiro. A briga pela definição de ‘premium’ mostra como as cervejarias estão atentas às mudanças no comportamento do consumidor, enquanto novas tendências, como cervejas com poucas calorias, apontam para futuras oportunidades de expansão.

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